
Aproxima-se o momento eleitoral no SINPOJUD. Com isso,
aumentam os rumores e especulações acerca de quem é oposição e
discute-se a formação de um “bloco de oposição”, apregoando-se apoios os
mais variados.
O movimento REDE faz uso do seu instrumento legítimo de
comunicação, que é o nosso blog, para informar que embora tenhamos sido
procurados pelas ditas oposições, não encontramos caminho viável para
uma “unificação de oposições”. Não nos consideramos melhores ou piores
que ninguém, apenas comungamos o pensamento de que o ideal para o nosso
sindicato não é tão somente “tirar Zezé”. Isso seria simplista demais, combatemos principalmente o modus operandi.
Nossa ideia é uma real redemocratização da política sindical
atual. Acreditamos num modelo sindical que privilegie a base, ou seja, o
servidor, esteja ele filiado ou não. Fortalecer regionalmente a
categoria, a nosso ver, é o primeiro passo para que isso aconteça. Se
considerarmos a dimensão geográfica do nosso Estado, facilmente
concluiremos que as demandas não podem ser tratadas uniformemente, pois
cada realidade tem sua particularidade. Temos que eleger os pontos
convergentes, sem, contudo, perder de vista as singularidades.
Dito isto, podemos perguntar: Quais as propostas e projetos das “oposições? Qual a proposta da REDE?
Pelos demais não podemos responder. Quanto à REDE, temos ao
longo dos últimos anos apresentado várias propostas, lógico que não são
propostas mirabolantes ou salvadoras da pátria. Temos a convicção que o
sindicato precisa ter uma atuação mais transparente primeiramente. Não
menos importante é um projeto de redemocratização, com o fortalecimento
das instâncias deliberativas do sindicato, que devem transpor o mero
requisito estatutário, para tornarem-se fóruns de discussão, onde o
contraditório seja garantido e respeitado, pois é desse exercício
dialético que se define o melhor caminho, e não o da submissão.
Ainda temos as searas jurídico-administrativas e estas não
devem ser objeto de barganha. Direito líquido e certo existe para ser
garantido, assim como toda e qualquer assistência jurídica deve ser
garantida. O sindicato não é instituição recreativa, muito embora as
diretorias específicas devam promover a socialização e bem-estar dos
filiados. Crescimento patrimonial, embora seja algo positivo, é meio não
é fim, não deve ser o maior objetivo do sindicato.
Desta forma, reiteramos o que falamos em outras oportunidades:
que o mais importante é a formação de consciência política da categoria.
Isso sim deve ser prioridade, oportunizando a todos compreender as
demandas que nos são colocadas e possibilitando a construção de estratégias de reação às imposições patronais, ditadas pelo modelo capitalista vigente.
Por fim, manifestamos que a REDE não está disposta a compor ou
se colocar como mero opositor. Não somos sindicalistas de ocasião ou de
plantão. Não fazemos oposição por oposição ou por termos sidos
preteridos ou ainda por simples circunstancias. Entristece-nos o fato de
que, em duas décadas de sindicato, não vislumbrar novas lideranças,
cerceadas claramente pelo atual modelo de gestão sindical. Ainda
sonhamos com uma entidade verdadeiramente comprometida com os interesses
da categoria como um todo. O poder pelo poder não é nosso objetivo,
caso fosse, não teríamos problemas para entrar num balaio de gatos e
comungar com esse modus operandi.
Movimento REDEFonte: Rede Juduciária
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