domingo, 2 de dezembro de 2012

VALEU A CAMINHADA!


Está sendo divulgada uma posição da representante da chapa 2, que disputou as últimas eleições, na qual deflagra um movimento intitulado “SOU SINPOJUD, NÃO SOU PC DO B, e entendo que, embora tardia essa posição, já que conviveu com a presença freqüente dos pcbistas em vários eventos da categoria, ela é válida tão somente para que alguns colegas que ainda não tinham conhecimento do fato fiquem alertas. No mais, sabemos que essa relação entre o PC do B e a direção do nosso sindicato vem se estreitando ao longo desses anos em que Zezé assumiu o sindicato, prova disso foi a presença freqüente da deputada Alice Portugal nas assembleias, congressos e demais eventos protagonizados durante essas gestões. A maneira como a diretora de assuntos jurídicos do SINPOJUD levanta essa bandeira reforça, a nosso ver, a despolitização da organização sindical. Por quanto tempo ainda manteremos nossa categoria alienada, sem ser inserida na discussão política que já se encontra na sede do poder do SINPOJUD, já que capitaneado por Zezé, que é uma liderança do PC do B no judiciário? Por outro lado, a representante da chapa 2, esquece que teve como candidato na sua chapa, um filiado a esse partido que está repudiando e que este concorreu recentemente ao cargo de vereador em seu município, não obtendo êxito, talvez por essa razão o apoio do seu partido ter sido direcionado a Zezé, também filiada ao PC do B e que já está consolidada no cenário estadual.

Para essa análise, convém informar que não foi critério da chapa REDE, a filiação partidária para que pudéssemos compor, de forma que podemos encontrar em nosso grupo, companheiros com filiação a partidos diversos ou até não-filiados, porém foi essencial um compromisso ético com a categoria e com a democracia para a construção de um novo modelo de sindicato, o SINDICATO PELA BASE (que é a nossa proposta) e para essa construção precisaremos discutir política sim, sindical e partidária, para compreendermos as forças atuantes na sede de poder que dirige o SINPOJUD. Vejam no relato de Jaciara, enviado por email no dia 25/11/2012, a descrição do aparato colocado à disposição para a re re re re-eleição de Zezé, que aqui transcrevo:

“Ontem, durante os trabalhos de apuração das nossas eleições, o estacionamento do SINPOJUD foi tomado por militantes do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) sob o comando da assessoria do Gabinete da Deputada Alice Portugal, que acompanharam os resultados parciais como se fosse ELEIÇÃO PARTIDÁRIA.

Transformaram nossa sede em PALCO DE INSULTOS, com solta de fogos e URROS DE VITÓRIA de um resultado até então não proclamado pela Comissão Eleitoral, já que ainda restam mais de 100 Comarcas sem encaminhar as atas de apuração.

Diante de tanta euforia (alguns em estado de ÊXTASE), o que podemos concluir?

Porque todo esse "investimento" numa eleição do SINPOJUD por um partido político?

Onde estavam os reais interessados nesse resultado? (...)”
  
Nessa condição qualquer que se proponha a disputar eleições não terá chance, e nossa categoria, se despolitizada, continuará sendo usada como massa de manobras nas mãos desses que discursam para jogar para baixo do tapete aquilo que poderá esclarecê-la. Não defendemos o aparelhamento do sindicato por qualquer partido que se proponha a isso, mas defendemos sim a participação da base em todas as discussões, seja para a campanha salarial, mudanças estatutárias ou alterações nas leis que regem nossa vida funcional, assim como acreditamos ser muito importante a discussão político-sindical.

Durante nossa estada em Salvador, acompanhando a apuração de votos da capital, discutimos e entendemos a necessidade de continuar nosso trabalho com o MOVIMENTO REDE PELA BASE, não apenas com vistas à participação em eleições, mas, sobretudo para trabalharmos a politização da categoria. Nossa participação nesse processo foi positiva e novos parceiros surgiram para oxigenar o grupo, trazendo ideias e novas estratégias de luta; durante as apurações de urnas na capital, no dia 22 deste, foi fundamental nossa presença para o estabelecimento do exercício da democracia; pontuamos pelo cumprimento do nosso Estatuto sindical e impugnamos quatro urnas da capital, além de muitos votos capitados de forma duvidosa. Identificamos falhas estatutárias que não poderão mais existir nos próximos pleitos, sob pena de inviabilização do processo eleitoral, de forma que uma reforma no capítulo que trata das eleições será uma das nossas prioridades de trabalho.

A nossa tese estará sendo construída nessas bases e queremos continuar a contar com essa parceria com todos que colaboraram neste processo, cujos resultados avaliamos positivamente, já que entramos nessa disputa sem condições financeiras, não tivemos tempo para fazer a campanha, pois a comissão eleitoral cozinhou a nossa chapa até não podermos confeccionar nosso material e divulgar nossas propostas, valendo ainda ressaltar que a maioria dos nossos companheiros de chapa encontravam-se trabalhando e sem poder ausentar-se para percorrer o Estado da Bahia.

Agradeço a companhia, a caminhada e o apoio de todos que participaram de uma forma ou de outra acreditando na renovação que poderemos trazer.

Grande abraço!

Mariliana Campelo
Movimento REDE PELA BASE

Por REDE

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