Chegou em minhas mãos por colegas de trabalho do Fórum uma carta, que inicialmente foi denominada de "CARTA-BOMBA". A pedido dos colegas, revoltados com o teor da dita carta, resolvi elaborar este pequeno comentário sobre o assunto. O título assunto da mensagem: “A VERGONHA DOS CARTÓRIOS EM JUAZEIRO-BA”. De início, poderíamos definir esse tipo de expediente como um ato de terrorismo. A mensagem apócrifa, pelo seu conteúdo foi escrita por pessoa partidária do terrorismo e não poderia deixar de ter um conteúdo terrorista, de boato alarmante e acima de tudo pessimista. Não tem o remetente nem o destinatário. É dirigida ao Presidente da OAB em Juazeiro-BA, aos colegas advogados e aos amigos cidadãos. A autoria da mensagem é desconhecida, ao que tudo indica, e para quem ela é dirigida é de algum bacharel ou advogado. Infelizmente preferiu esconder-se no anonimato. A verdade é que o advogado, com todo respeito a todos eles, pode ser tudo, menos terrorista. A menságem débil, nos faz refletir com que tipo de profissionais lidamos. Há excelentes bacharéis e advogados. Muito bons advogados, uma boa parte na Magistratura, outra no Ministério Público, outra no Serviço Público, outra militando, no próprio Fórum, nos próprios cartórios alvos da famigerada mensagem. E as Tabeliãs? São bacharelas em Direito, fizeram concurso e suaram a camisa para estar onde estão hoje, mesmo em meio às dificuldades, às precariedades, às deficiências de toda sorte. Elas não se escondem nesse tipo de mensagem, pelo contrário, se expõem, ralam todos os dias para que o serviço não sofra solução de continuidade. O problema não está nos Servidores. Os servidores não tem culpa. Na realidade a culpa é do sistema que não funciona, políticos, órgãos afins, etc. O problema é antigo e infelizmente nenhuma providência foi tomada, apesar de já terem sido solicitadas por diversas vezes. Com relação aos serviços dos Cartórios de Petrolina serem caros, mas são melhores isso é muito relativo. Vai que todo mundo resolve ir aos Cartórios de Petrolina por que lá os serviços são melhores, apesar de caros. Vai virar um caos total. vão se formar as mesmas filas que se formam aqui em Juazeiro com o mesmo calor infernal. O problema dos Cartórios de Juazeiro não são os Servidores nem o atendimento, é o preço dos serviços. As pessoas correm dos Cartórios de Petrolina porque em Juazeiro os serviços são mais baratos, mais acessíveis à população, motivo das longas filas, do calor infernal no corredor citado na carta. Foi infeliz o autor da mensagem terrorista porque criticou o Judiciário sem apresentar nenhuma solução. Foi muito mais infeliz quando disse na sua “carta bomba” que era “um cenário que, só pelo quadro ali visível, já mereceria explodir o prédio com tudo que tem dentro.” Fica a pergunta: com juízes, advogados, servidores, promotores, usuários, sala da OAB, posto bancário e algum parente dele ou até ele mesmo se estivesse lá também? É um terrorista que está perdido aqui em Juazeiro. Talvez fosse melhor cumprir sua função de homem-bomba lá no Oriente Médio. E disse mais, no final: “PROPONHO À DIREÇÃO DA OAB LOCAL QUE ENCABECE ESSE MOVIMENTO; AFINAL A OAB TEM UMA MISSÃO INSTITUCIONAL. SE OS ADVOGADOS SÃO INCAPAZES DE PROMOVEREM UM MOVIMENTO DESSES, CABE REVOGAR O ART. 133 DA CF/88 E A LEI QUE INSTITUIU O E OAB, POIS NÃO MERECEM AS PRERROGATIVAS QUE TÊM. SE AS LIDERANÇAS DOS 700.000 ADVOGADOS BRASILEUUROS NÃO PRESTAM PARA GUIA-LOS NESSA TRAVESSIA, JOGUEMOS SEUS CORPOS INÚTEIS AOS TUBARÕES.” (grifei). O autor infelizmente, desconhecido, é um rosário de infelicidades, esqueceu que o “advogado é indispensável à administração da justiça,...” Art. 133 da Constituição Federal. O advogado pode ser tudo, mas não é uma dinvidade e nem é perfeito. Torna-se dispensável quando se presta a este tipo de expediente. Tem que ter coragem para dizer o nome e mostrar a cara. Expor os problemas dos outros e os seus também sempre com soluções pacíficas e não terroristas como propõe a mensagem. No seu ministério privado, o advogado presta serviço público e exerce função social. Além de indispensável à administração da Justiça “é defensor do estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social, subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exerce. Deve abster-se dentre outras coisas de abordar tema de modo a comprometer a dignidade da profissão e da instituição que o congrega, de insinuar-se para reportagens e declarações públicas. O advogado tem o dever de Urbanidade e deve tratar o público, os colegas, as autoridades e os funcionários do Juízo com respeito, discrição e independência, conforme estabelece o Código de Ética e Disciplina da OAB. Já existe um projeto em tramitação na Assembléia Legislativa da Bahia para privatizar os Cartórios. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão de fiscalização externa do Judiciário, divulgou, recentemente uma lista provisória com 969 cartórios cujas titularidades foram declaradas vagas porque os titulares foram empossados sem passar por concurso público, como prevê a Constituição Federal de 1988. De acordo com a relação do CNJ, dois terços dos cartórios do Estado estão em desacordo com a Constituição. No País, são 7.828 cartórios na mesma situação. O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) terá de realizar concurso para os cargos de notariais e registradores dos 969 cartórios. Mas o CNJ concedeu prazo de 15 dias para os atuais titulares dessas unidades contestarem a decisão, caso entendam que estão no cargo legalmente. Temos muitas deficiências, reconhecemos, tais como falta de funcionários, falta de equipamentos e softwares que agilizem o atendimeto, falta de um local adequado de trabalho, limitações de todo tipo, mas mesmo com tudo isso, com todas essas dificuldades, todas essas limitações, procuramos com todo o esforço possível, prestar um serviço melhor do que as condições que temos. Os que não prestam um bom serviço; os que atendem mal ao usuário, que é o que garante o nosso salário todo mês; os que estão insatisfeitos com o que fazem, estão trabalhando no lugar errado. Servidor Público, como o próprio nome diz é para servir ao público. O que não ficou legal, caro autor da “carta bomba” foi criticar sem mostrar as soluções. Lembre-se que, sempre que tenha conhecimento de transgressão das normas deste Código, do Estatuto, do Regulamento Geral e dos Provimentos, o Presidente do Conselho Seccional, da Subseção, ou do Tribunal de Ética e Disciplina deve chamar a atenção do responsável para o dispositivo violado, sem prejuízo da instauração do competente procedimento para apuração das infrações e aplicação das penalidades cominadas. Art. 48 do Código de Ética e Disciplina da OAB. Na tentativa de ajudar, faltou com o respeito aos Servidores do Poder Judiciário, ao Poder Judiciário e aos próprios colegas advogados, quando diz que “... SÃO INCAPAZES DE PROMOVEREM UM MOVIMENTO DESSES, ... ... NÃO MERECEM AS PRERROGATIVAS QUE TÊM, ...” e por fim manda que “... SEUS CORPOS INÚTEIS ...” sejam jogados “...AOS TUBARÕES.” Para finalizar, quero compartilhar um interessante um trecho voto do Ministro do STJ Humberto Gomes de Barros, exarado no julgamento do REsp 214671 / RS, sobre advogado x bacharel, vejamos: "… domina entre nós uma deformação cultural que nos faz confundir o status de bacharel em direito, com aquele de advogado. Costuma-se dizer que determinada formou-se em advocacia. Nos jornais, não é rara a afirmação de que certo policial ´é advogado formado´. Semelhante confusão esmaece, em nós, a percepção de que o advogado é um dos três fatores de administração da Justiça. Credenciado pela Ordem dos Advogados do Brasil, o advogado vocacionado para o exercício de seu múnus público, presta contribuição fundamental ao Estado de Direito. Em contrapartida, o causídico tecnicamente incapaz, mal preparado ou limitado pela timidez pode causar imensos prejuízos. Na realidade, os danos causados pelo mau advogado tendem a ser mais graves do que aqueles provocados por maus juízes: prazo perdido, o conselho errado, o manejo imperfeito de algum recurso não têm conserto. Já o ato infeliz do magistrado é passível de recurso. Por isso, a inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil não constitui mero título honorífico, necessariamente agregado ao diploma de bacharel. Nele se consuma ato-condição que transforma o bacharel em advogado. Se assim ocorre, a seleção de bacharéis para o exercício da advocacia deve ser tão rigorosa como o procedimento de escolha de magistrados e agentes do Ministério Público. Não é de bom aviso liberalizá-la.”
O TERRORISMO é a arma dos fracos, apenas destrói.
Caro amigo,se o senhor não notou,a ''carta bomba'' tem sim um autor,que passou despercebida pelo senhor por falta de atenção.O nome do autor é:
ResponderExcluirReginaldo da Silva Gomes
Professor na Universidade do Estado da Bahia; advogado (BA e PE) cível e trabalhista. Rua Cel. João Evangelista, 24, sala 202, centro, Juazeiro-BA.
E quanto ao preço que o senhor alega que aqui é mais barato,concordo,mas não justifica em nada as grandes filas.A população de Petrolina,recorre a Petrolina,se assim não fosse os cartórios de lá não teriam a grande renda que têm.
Parabéns, Roberto!
ResponderExcluirNão é com palavras de menosprezo e ofensas que se melhorará a situação dos cartórios baianos. Deve-se antes de criticar procurar saber quais os verdadeiros culpados.
É preciso que as pessoas tomem conhecimento de que a grande ineficiência se deve a diversos fatores, sendo um deles o número insuficiente de servidores. Outro motivo é o fato de que, numa cidade como Juazeiro, o serviço ainda é feito manualmente, uma vez que a informatização ali ainda não chegou. Numa cidade com 200 mil habitantes ainda se faz a procura de firmas procurando-as uma a uma, sendo que tudo é feito usando carimbos, pois, como mencionado, Juazeiro ainda não dispõe de máquinas autenticadoras nem de computadores para realizar este tipo de serviço.
Eu que já trabalhei lá tenho que dizer que ninguém sabe o que é ficar sentada naquela cadeira, carimbando, dando troco (sem nunca tê-lo, pois as pessoas insitem em guardar suas moedas em cofrinhos), recebendo reclamações, piadinhas, acusações, ofensas de todo o tipo e sentindo fortes dores na coluna (impossível mantar a postura correta naquele balcão) durante SEIS HORAS SEGUIDAS, sem ao menos ter direito a se levantar para ir ao banheiro ou beber água. Eu sou testemunha de que as servidoras só o fazem quando não aguentam mais mesmo. Tem gente até com infecção urinária por causa disso, pois preferem segurar sua vontade fisiológica, já que sabem que toda vez que se levantam acontece algum tipo de revolta e acusação lá fora.
Os Tabelionatos de Notas de Juazeiro pararam no tempo. E eu sou testemunha do esforço das tabeliãs em mudar essa situação. A informatização é promessa não cumprida de Salvador há muito tempo. Aqueles simples ventiladores e cadeiras que colocaram recentemente naquele corredor desumano só foi colocado depois de muita luta e insistência.
É preciso cobrar aos verdadeiros responsáveis.
Sds,
Cíntia
Caro amigo anônimo,
ResponderExcluirA ''carta bomba'' que me entregaram não tinha o nome do autor. Estou tomando conhecimento agora através do seu comentário.
Conheço e respeito o Dr. Reginaldo, renomado Professor na UNEB e advogado.
O conteúdo da carta é uma realidade, porém, como disse no comentário, não é culpa dos funcionários. A culpa é do "sistema". Entendo como um desabafo, mas acho que generalizou e pegou pesado principalmente com os Servidores e o Poder Judiciário de um modo geral. Já pensou se você chegasse no bairro Alagadiço e visse o prédio do Fórum em ruínas com todo mundo debaixo dos escombros? É terrível!
Quanto aos preços mais baratos você concorda que aqui em Juazeiro é mais barato. Porém nos Cartórios de Petrolina não existem filas e um corredor infernal como dito na mensagem. Se existem, não se comparam com as de Juazeiro. O pessoaltem que chegar cedo para pegar um lugar. Quem não pode pagar pelos serviços caros dos cartórios privatizados lá de Petrolina correm para os cartórios de Juazeiro. Soube que tem escritórios/empresas grandes que autenticam muitos documentos que correm para cá. Faça uma visita aos cartórios de Juazeiro e pergunte aos funcionários o porque das imensas filas. Compare o preço de uma autenticação em Juazeiro com uma de Perolina. E o que dizer do preço de uma procuração?
Há uma enorme deficiência no atendimento no Fórum da Justiça Comum de Juazeiro, pórém não são os serventuários o motivo da insatisfação do nobre bacharel, mas o sistema que permaneceu por décadas no Judiciário Baiano, porém esta situação vem melhorando e não contemplou a todos os seguimentos. Há, contudo, de se buscar e de cobrar aos responsáveis por esta situação, que prejudica tanto ao usuário quanto ao servidor e juízes.
ResponderExcluirSabemos o quanto necessita de investimento, porém nós serventuários nos dedicamos ao máximo nas nossas atividades, as desempenhamos com zelo e presteza.
Comentário assim é uma tentativa frustrada de ação deste magistrado, ao menos deveria buscar a direção do Fórum e até o Tribunal para reinvindicar, denunciar e também cooperar para o desenvolvimento das atividades neste recinto.
PROJETO DE LEI DE PRIVATIZAÇAO DOS CARTÓRIOS DE N°18.324/2009, ONDE TEM COMO RELATOR DO PROJETO O DEPUTADO PEDRO ALCANTARA. O QUE DEVE SER FEITO, ASSIM COMO NOS OUTROS ESTADOS É GARANTIR O DIREITO DE OPÇAO DOS ATUAIS TITULARES, SENDO ENTAO PRESTADOS SERVIÇOS À ALTURA COMO NO RESTO DO PAÍS, NAO SERÁ A BAHIA QUE VIRÁ NA CONTRAMÃO DO PROGRESSO, AGORA NAO PODEMOS NOS ESCONDER DOS FATOS, O QUE TORNA VERGONHOSO TRANSITAR NO FORUM DE JUAZEIRO, E VER AQUELAS ENORMES FILAS, E NAO É QUERENDO ESCONDER A VERDADE QUE RESOLVEREMOS O PROBLEMA, ATÉ POR QUE NOS CARTÓRIOS JUDICIAIS NAO ESTOU VENDO PROBLEMA, DO QUAL VC FAZ PARTE, DEIXE QUE DOS EXTRAJUDICIAIS AS PROVIDENCIAS JA ESTAO SENDO TOMADAS, O PROJETO ESTA EM ANDAMENTO, A SOCIEDADE ESTA CLAMANDO POR MELHORAS E AÍ SIM TEREMOS UM SERVIÇO À ALTURA DA VIZINHA CIDADE COM AS TAXAS MENORES,POIS O PROJETO NAO AUMENTA AS CUSTAS, E OUTRA SITUAÇAO, O DR. REGINALDO NÃO MENTIU AO FALAR A MAIS PURA VERDADE, JÁ QUE O BLOG É DOS SERVENTUARIOS DA JUSTIÇA, VC DEVERIA ENTRAR NA LUTA JUNTO COM OS SEUS COLEGAS SERVIDORES, POIS AÍ SIM É CASO PARA VIR A CAUSAR REVOLTA POIS A BAHIA HÁ MAIS DE 22 ANOS VEM DESCUMPRINDO A CONSTITUIÇAO, E AINDA TEM UM ORGAO QUE ADMINISTRA O TRIBUNAL DE JUSTIÇA, O IPRAJ, VENHAMOS E CONVENHAMOS, DO JEITO QUE ESTÁ NÃO PODE FICAR, DEIXE OS DEPUTADOS ESTADUAIS DECIDIREM O MELHOR, POIS ELES COMO FIEIS DEPOSITÁRIOS DA REPRESENTAÇAO DO POVO É QUE DEVEM EXERCER ESSE DIREITO, E O NOSSO É DE COBRAR.
ResponderExcluirCaro Luciano Tavares, em primeiro lugar obrigado pelo seu comentário.
ResponderExcluirO Projeto de Lei existe mas caminha a passos lentos. Como disse no comentário, temos muitas deficiências, reconhecemos, tais como falta de funcionários, falta de equipamentos e softwares que agilizem o atendimeto, falta de um local adequado de trabalho, limitações de todo tipo, mas mesmo com tudo isso, com todas essas dificuldades, todas essas limitações, procuramos com todo o esforço possível, prestar um serviço melhor do que as condições que temos. Os que não prestam um bom serviço; os que atendem mal ao usuário, que é o que garante o nosso salário todo mês; os que estão insatisfeitos com o que fazem, estão trabalhando no lugar errado. Servidor Público, como o próprio nome diz é para servir ao público. As deficiências não são só nos extrajudiciais. Na Unidade onde eu trabalho por exemplo, faltam escreventes, subescrivães e assessor de juiz. O espaço físico é pequeno, o móbiliário é ultrapassado. O Dr. Reginaldo não mentiu, ele generalizou e a solução apresentada foi “explodir o prédio com tudo que tem dentro.” Isso no, mínimo, é uma falta de consideração com os servidores, juízes, promotores, advogados e os usuários que utilizam os serviços da Justiça. O problema é antigo, como disse e infelizmente nenhuma providência foi tomada, apesar de já terem sido solicitadas por diversas vezes. Não estou defendendo que o serviço deva continuar como estar. Não! Aminha defesa foi em favor dos Servidores que não tem culpa. A culpa é do sistema que não funciona, políticos, orgãos afins, etc. Nós queremos melhorias e com urgência. Muito em breve os Cartórios estarão funcionando em prédios particulares, com uma estrutura melhor e com mais funcionários. A mensagem deveria ser envida oficialmente pela OAB local para o Conselho Nacional de Justiça e o Tribunal de Justiça da Bahia para adotarem as providências pertinentes.
Forte abraço!
Como falei anteriormente, é claro que todos devem reivindicar pela melhoria. No entanto, deve-se ter cuidado em não menosprezar e culpar o servidor, principalmente dos cartórios extrajudiciais, pois já possuem a rotina muito sofrida.
ResponderExcluirEu já fui encarregada pelas procurações públicas lá. São só duas pessoas para realizar este serviço, atendendo a uma população superior a 200.000 habitantes, pois o pessoal de Petrolina corre para cá. Lá é cobrado R$ 50,00 e aqui R$ 13,00. Some-se a isso o contigente de pessoas de Casa Nova, Curaçá, Campo Formos, etc, que tbm preferem vir fazer este serviço aqui.
Em cidades, por exemplo, de Minas Gerais, que possuem o mesmo número de habitantes existe o dobro do número de cartórios extrajudiciais que existem aqui.
A culpa não é do servidor. A culpa é da falta de estrutura, insuficiência de servidores, falta de informatização, espaço pequeno, etc. Deve-se cobrar aos verdadeiros responsáveis.
Abraços.
Cíntia Vanessa
Caro Luciano Tavares
ResponderExcluirAo que vejo o senhor está bastante desinformado, pois o projeto de privatização encontra-se a passos lentos e contém inúmeras deficiências, a primeira é com relação aos ainda existentes titulares destes cartório, o segundo é, carório extra-judiciais nos 517 municípios baianos nem todos são rentáveis, no mais como o Tribunal irá se manter sem custas a cobrar, afinal é receita direta, dentre outros.
Fico reflexivo em saber que nos 22 anos a que o senhor se refere os mesmos deputados nunca enfrentaram o governo e nem o judiciário para mudar esta situação, aí pergunto, de quem é o interesse para tudo isso ter ficado sem funcionamento adequado? Aliás o problema ainda é maior nos cartórios judiciais, pois a resposta a sociedade com relação a se fazer justiça fica aquém do que dispõe para esta esfera governamental.
No mais, estes mesmos deputados barram os projetos de lei quando a matéria a ser votada seja em favor do serventuário de justiça e pelo contrário há na assembleia legislativa que não queira a autonomia do judiciário baiano, lembra?
Quem melhor sabe do que o judiciário baiano necessita é quem nele milita, não será deputado algum que irá decidir isso, pode sim, conjuntamente favorecer ao suprimento de recursos para implantar novas varas, contratar serventuários e equipar os fóruns.
O senhor por acaso sabe quantos veículos o judiciário tem nos fórum do estado todo, nenhum veículo, sabe o senhor quantos processos cada vara de Juazeiro tem? Certamente não sabe, deves se inteirar melhor de outros fatos para fazer um comentário de um bom correligionário de deputado.
Se o legislativo não tivesse se omitindo a 22 anos a situação do Judiciário Baiano não seria essa.
Quanto ao comentário do Bel. Reginaldo quanto a problemática a qual é acometida o fórum é de fato verdadeira, porém, comete o nobre bacharel uma falta muito grande em dar culpas a que não possue, pois o serventuário que enfrenta dificuldades para laborar sem condições mínimas é quem presta o serviço com urbanidade e presição, agora se o serviço prestado em petrolina é tão bom porque não atravessam a ponte e tenta fazê-lo lá? Lá não tem fila, porque as custas são exorbitantes e os de lá para cá correm.
Conheça o senhor melhor a situação para melhor se colocar no assunto.
O nobre advogado, chegou tarde e foi infantil ao dizer o que todo mundo já sabe, mas foi cruel em querer atingir funcionários que padecem mais do que todos. Esta sua atitude é o que há de melhor para promover a incerteza e a desmotivação da classe de serventuários abnegados e que realmente trabalham.
ResponderExcluirÉ inútil falar... falar e não dizer o essencial, há que ter coragem de dizer a verdade e direcioná-la ao alvo certo. Não queremos que se contente com o pior, o medíocre, e sim, que possa atingir a quem de fato é responsável pela situação, porque recursos humanos de qualidade nós temos. E a burocracia, senhor, têm muito mais culpados fora dos órgãos gestores do que podes imaginar.
Vista-se de racionalidade para não fazer uma acusação irresponsável aos funcionários, a emoção é uma péssima conselheira. A propósito, qual teria sido a motivação deste desabafo tão visceral contra "funcionárias", preconceito contra o sexo feminino?
Edirane - Serventuária